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quinta-feira, 27 de junho de 2024

A falta de reconhecimento dos filhos...


Sabe o que é dolorido na maternidade??? a invisibilidade materna, e não é só com relação a sociedade, mas como também a falta de reconhecimento dos próprios filhos... É dolorido demais!!!

Hoje eu tive uma experiência tão chata com a minha filha mais velha, que de lembrar eu choro, porque tento ser a melhor mãe que me é possível ser, com as ferramentas que tenho, me esforço muito, mas nada do que é feito, parece agradar a minha filha, eu sendo mãe solo, que a ajuda do genitor é a mínima possível, sem apoio emocional nenhum, sem suporte afetivo, apenas pagamento de um valor irrisório, que não custeia nem o plano de saúde da menina.

Meu pai (avô da Mariana), já me pediu que ela fosse morar com ele, e eu ainda muito relutante, não deixo, mas ultimamente penso que seria muito melhor enviá-la pra morar com ele, talvez ele seja melhor educando, talvez ele supra o que ela acha que falta no que eu propicio a ela.

Eu fui até a escola dela, vê-la dançar festa junina (desde a pandemia ela não queria mais dançar), e chegando lá, ela estava desconfortável com a minha presença, pedi pra tirar foto, e até tirei, duas, mas quando pedi que ela se senta-se do meu lado, ela ficou ainda mais aborrecida, e eu me lembrei do quanto eu amava a minha mãe nos meus eventos, nossa, era um acontecimento, porque todas as minhas amigas amavam a minha mãe, acho até mais do que eu... e eu vi que minha filha tem vergonha de sentar do meu lado.

Sai de lá muito mal, disse que ela podia se apresentar pros amigos dela, ficar solta na escola com os amigos dela, que acho que humilhação tem limite, eu faço tudo por ela, chego a ser inconveniente com todo mundo para defendê-la, mas ela essa é a "paga" que recebo, escrevo chorando, que até hoje eu nunca ouvi ela dizer: "mãe, eu te amo!" eu escrevia inúmeras cartas para minha mãe, que as encontrei após o falecimento dela... mas é isso, queria desabafar!

Filhos são maravilhosos, mas tem seus defeitos, são seres humanos com pensamentos próprios. enfim... estou repensando melhor sobre a questão de enviá-la pra morar com meu pai, talvez ela esteja sentindo falta de rigidez na educação, e quem sabe morando no quartel do avô, ela se sinta melhor.

domingo, 26 de maio de 2024

Rede de apoio e Maternidade solitária

Eu sou mãe de das crianças, uma de quase 12 anos e um bebê de 2 anos e 7 meses, quando minha filha nasceu, o pai não estava comigo (e nem nunca esteve), mas eu tinha minha família que tomou as rédeas da criação do meu futuro bebê, então minha primeira gravidez foi bem leve, minha mãe já lutava contra o câncer, mas mesmo assim estava lá pra me ajudar, esse foi o mal, me acostumar a pedir ajuda e ter essa ajuda quando precisava.


2014 eu perdi meu irmão perdi meu irmão e essa perda abalou o psicológico da minha mãe minha mãe e ela não se permitiu mais curar-se do câncer e este venceu em 2017, e eu me vi sozinha com uma menina que ela tanto me pediu pra dar-lhe a neta tão sonhada, anos se passaram, uma pandemia e uma nova gravidez, e veio o meu garotinho pra fechar a fábrica de trazer pessoas a este mundo cruel.

E com este novo membro vieram novos desafios, primeira delas é me ver sozinha, sem meu irmão, a quem amava e dei o nome dele pro novo neném, e sem miha mãe que muito me ensinou sobre maternidade, errando e acertando, sabe como é, crianças dos anos 80 foram cobaias de uma educação pós Woodstock, de pessoas que queriam dar carinho e ao mesmo tempo serem firmes como seus pais autoritários eram.

Então, vocês devem estar pensando, porque estou falando sobre isso aqui? Vou unir três situações que vivenciei:
  • Hoje está acontecendo o concurso público que eu me inscrevi, e não pude comparecer;
  • Já fui para uma entrevista de emprego, e fui dispensada porque me recusei a responder quem ficaria com meus filhos para que pudesse trabalhar;
  • Odeio as cobranças que vem junto com a maternidade.
Hoje eu tive que abdicar de fazer um concurso, que só terá daqui 4 anos (e isso se tiver), porque não tenho babá (não tenho dinheiro para tal), meu pai desde que vendemos o apartamento de minha mãe, foi morar no interior, e aqui perto não conheço e nem confio nos meus vizinhos para que possam ficar com meus filhos (muitas notícias de violência contra crianças), para cereja do bolo, meu pequeno passou a noite toda ardendo em febre.

Em entrevista de emprego, de uma empresa que sempre está fazendo post sobre mães guerreiras, e mulheres empoderadas, me dispensou porque mais uma vez não tenho uma rede de apoio. Essa questão faz com que eu esbarre em outra comumente passados por mães. Cobranças com relação às mães, Não importa que façamos, sempre estaremos erradas para a sociedade, e o que é pior, não podemos reclamar, 


@brunomassario Aquilo que falamos, tem um impacto nos outros. Sempre se pergunte se aquilo é preciso ser dito. #maternidade #carreira ♬ som original - Bruno Massário 

Este vídeo me deixou consternada, por estar cansada de ser mãe, de vez em quando eu quero sumir, porque me vejo sozinha cuidando de dois seres humanos, é complicado passar por isso e se reclamar ouvir alguém saindo do buraco da tomada e dizer: "quem mandou abrir as pernas", somos violentadas todos os dias verbalmente, fisicamente, mentalmente, por pessoas que não calçam nossas sandálias pra saber como somos como mães.

Concluo que é melhor ser pai, sim, este pode largar o filho doente e ir pra outro cômodo pra não perder sua noite de sono, pode até desprezar o filho, Nem assumir, ou dizer que tem um filho para os outros, experimenta nós mulheres fazermos 1/3 do que os homens fazem, que seremos queimadas na fogueira de julgamentos. Então aqui vai meu recado, quando você ver uma mãe reclamando, faça um favor a si e a ela, NÃO FALE NADA, se não tiver algo de bom pra dizer. 

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Nunca mais diga...



Nunca me digas
que não posso fazer algo.
A mim, que dancei com dois corações
E respirei com quatro pulmões.
A mim, que fui gelo, 
fogo e vento.
Que levei
em meu ventre o peso de dois mundos,
e pari a vida aos gritos.
Que abracei a tristeza sem medo.
E chorei sorrisos.
Não me digas
que sou incapaz de algo.
Ou de tudo. "

- Eva López Martínez

domingo, 5 de novembro de 2023

E aquela Sensação... de impotência?


Sabe aquela coisa de achar que tá sempre errada, pois é, eu me sinto assim todos os dias olhando pra minha filha mais velha, eu tento acertar, mas no fundo sempre penso, tô errando em alguma coisa, pois bem, a escola que Mariana está atualmente vem notado que ela apresenta um comportamento muito aquém do que deveria ser, ela tá com 11 anos e ainda se comporta como se tivesse 8 anos, sim, ela nao consegue se concentrar em matérias da sala de aula que não goste, é boa com cálculos, fala inglês fluente que aprendeu assistindo a filmes e vídeos no youtube, tem um raciocínio lógico bem aguçado, mas em compensação, tem seletividade alimentar, não consegue ficar em lugares barulhentos, não sabe amarrar os cadarços, desde os 4 anos venho tentando ensiná-la, mas ela nunca aprende, NUNQUINHA MESMO!!!

De início eu achava que era ciúme, porque estava chegando o irmãozinho, até que a escola achou que deveríamos procurar ajuda de um profissional, me deram um relatório de como ela estava se comportanto em sala de aula, e eu fui atrás de um profissional: NEURO PEDIATRA, e adivinha, mesmo pagando um plano de saúde, ainda não conseguimos um profissional, só tem no particular que custa 400,00 uma consulta.
Eu estou aqui, pensando como posso encontrar um médico que possa me dizer o que a Mari tem, porque eu mesma não consigo entender o que se passa na cabecinha dela, eu por anos fui uma péssima mãe, porque sempre achei que todas os sinais que ela me repassa, nunca passaram de tolices, e como eu estava errada.

Então veio aquela sensação de COMO FUI ESTÚPIDA em achar que minha filha era uma criança tola?? como fui boba ao pensar que toda a dificuldade que ela passa na escola com a aprendizagem, eu não pude consertar procurando um especialista no assunto?

Então estou eu aqui escrevendo no meu nesse diário online, pra que mamães que passam pelo o mesmo, não errem com seus filhos, pra que sempre pensem que se você sente que algo tá errado, não se mantenha em suposições, lembre, você pode até conhecer bem seu filho, mas não tem uma formação no assunto. Cuide da sua criança, não erre com ela como eu tenho errado com a minha. AINDA DÁ TEMPO.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Ser mãe não cansa




Ser mãe não cansa. ⠀
O que cansa é a falta de apoio. ⠀
O que cansa é a sobrecarga mental. ⠀
O que cansa é todo o resto.⠀
Ser mãe não cansa, mas cuidar, ensinar, amar, trabalhar, limpar a casa e estudar, tudo ao mesmo tempo, cansa.⠀
O que cansa é não se dar o luxo, é não ter aquele momento só seu.⠀
O que cansa é dormir depois de dar mais do que podia de si e ainda deixar pendências pro dia seguinte.⠀
O que cansa é a autocobrança, esquecer de cuidar de si, abrir mão do que ama, do que gosta, do que é. ⠀
Ser mãe não cansa. Como poderíamos nos cansar de amar infinitamente? Ser mãe não cansa.⠀
O que cansa são os olhares do outro, a expectativa em cima do maternar, a falta de uma rede de apoio sólida e cotidiana.⠀
O que cansa são os acúmulos.⠀
O que cansa é todo o resto, de fora e de dentro.⠀
O que cansa é a solidão e a falta de solitude.⠀
Ser mãe não. Ser mãe é belo. É dividir, é doar, é caber e ser preenchida. Ser mãe é talvez, o único motivo que traz força para aguentar o demais.⠀
Quando uma mãe disser que está cansada, saiba você, ela não está cansada de ser mãe. ⠀
Ela está cansada de todo o resto. ⠀
Porque ser mãe, não há mãe que se canse de ser.



Texto @era.uma.mae⠀
Via : @omundomaeofc⠀
📸 @weareamma

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Laqueadura no parto: uma questão de lei e de bom senso

Passei por uma situação tão extressante, fiz a solicitação de laqueadura tubária na mesma cirurgia de cesarea. pois bem, eu esbarrei em vários empencilhos dentre eles uma lei (que já deveria ter sido modificada). eu tenho uma garota de 9 anos, e estou grávida do segundo filho, e não quero mais filhos, e estão convícta da minha decisão, mas ouvi da minha obstetra que ela nunca faria laqueadura de mãe com apenas um filho, e eu: OI??? mas a senhora tem apenas uma filha, porque não faria para mulheres com filhos únicos e ela me solta aquela típica frase dos antigos: QUEM TEM DOIS FILHOS TEM UM, QUEM TEM UM NÃO TEM NENHUM...


Sempre achei essa frase bem sem noção, porque se uma mulher tiver 10 filhos e perder 1 deles, sentirá falta daquele filho pro resto da vida, e falo por experiência em minha família quando meu irmão morreu, minha mãe passou o resto de sua vida chorando aperda dele, esquencendo completamente a minha existência, enfim, é conversa pra outro post. Voltando a laqueadura, a lei não permite que uma mãe queira laquear junto de uma cesárea, a não quer que tenha mais de 25 anos (eu tenho 40) e tenha dois filhos já nascidos e vivos... como eu só tenho Mariana, meu filho do ventre não conta

Muitas pacientes nos questionam no pré-natal se é possível fazer laqueadura no parto – mais especificamente, “aproveitar” a cesárea para fazer o procedimento. A questão é delicada, envolve a lei e merece nossa reflexão.

Mas a Dra. Beatriz Morais Patz de Morais, especialista em Medicina Fetal e Obstetrícia de Alto Risco diz que é preciso esclarecer que a laqueadura é um procedimento de esterilização feminina. Ela é feita pelo fechamento das tubas uterinas – por isso, é chamada informalmente de “ligadura tubária” – que impossibilita a descida dos óvulos durante a menstruação e a subida dos espermatozoides, após relações sexuais sem preservativos. As trompas são cortadas e amarradas na ponta a fim de bloquear a passagem dos espermatozoides.

Este é um procedimento dificilmente reversível; por isso, antes de realizar a cirurgia, é recomendável que a mulher passe pelo chamado processo de laqueadura – fazer um acompanhamento com psicólogo, além de comparecer a palestras e orientações. Trata-se de uma decisão que afeta não apenas a sua vida, mas a de sua família.

A laqueadura na gravidez está indicada APENAS:
Às gestantes que apresentam doenças que poderiam ocasionar a morte materna em uma futura gestação (cardiopatia, diabetes tipo 1 ou lúpus, todos em suas formas graves);
Às que tiveram dois ou mais partos cesáreos e, portanto, sofreriam risco se fossem submetidas novamente a uma cesárea.

Apresentando algumas dessas condições, é preciso ainda que a paciente obtenha relatório assinado por dois médicos autorizando o procedimento.

Todo esse cuidado ocorre porque o tema está amplamente amparado pela lei. De acordo com o Planejamento Familiar, Lei Federal Nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996, realizar cesariana com o intuito de efetuar laqueadura é crime e pode atribuir de dois a oito anos de reclusão.


Gestação no meio do caminho

Lidamos, também, com casos em que a mulher já passou pelo processo de laqueadura, de consultas e palestras, mas, antes de chegar ao procedimento em si, descobriu estar grávida.

Neste caso, então, tendo tido o processo aprovado antes, pode ser realizada a laqueadura no parto, certo? ERRADO!

A lei é muito rigorosa quanto a isso. A paciente deverá esperar passar 42 dias do parto para programar a laqueadura, que será feita após o chamado “período gravídico-puerperal”.


Planejamento, saúde física e mental

O planejamento familiar é o oposto do controle de natalidade, que busca reduzir a pobreza pela diminuição do crescimento demográfico. Ele garante os direitos de constituição, limitação ou aumento da quantidade de filhos. Assim, estimula a vida conjugal, o senso de responsabilidade e o objetivo de construir família.

Vemos, então, que o tema é complexo porque envolve âmbitos diversos da vida das pessoas – as condições e o histórico de saúde de quem vai passar pela laqueadura e a saúde emocional dos envolvidos, pois se entende, com isso, a não geração de (mais) filhos, entre outros aspectos.

Mais do que cumprir a lei, é uma questão de saúde e de bom senso. Decisões que não permitem voltar atrás não podem ser tomadas repentinamente – o arrependimento nunca vem antes da hora –, e procedimentos médicos são verdadeiramente complexos para serem simplesmente manipulados em somatória. Antes de acreditar que se trata de má vontade de seu profissional da saúde, procure ouvi-lo e confie em suas decisões.

Depois de ler esse texto todo da médica a cima, aí te pergunto, porque será que essa mesma exigência não é feita com o homem, tem uma opção de esterelização masculina, mas vc já perceberam que um homem pode ter 360 filhos por ano, e uma mulher no máximo teriam 2 filhos em um ano... porque não há uma política pública para esterlizar os homens???

Sigo na luta para fechar minha fábrica...
espero ter boas novas nos próximos posts

MEU FILHOTE NASCE NA QUINTA!