Eu sou mãe de das crianças, uma de quase 12 anos e um bebê de 2 anos e 7 meses, quando minha filha nasceu, o pai não estava comigo (e nem nunca esteve), mas eu tinha minha família que tomou as rédeas da criação do meu futuro bebê, então minha primeira gravidez foi bem leve, minha mãe já lutava contra o câncer, mas mesmo assim estava lá pra me ajudar, esse foi o mal, me acostumar a pedir ajuda e ter essa ajuda quando precisava.
2014 eu perdi meu irmão
perdi meu irmão e essa perda abalou o psicológico da minha mãe
minha mãe e ela não se permitiu mais curar-se do câncer e este venceu em 2017, e eu me vi sozinha com uma menina que ela tanto me pediu pra dar-lhe a neta tão sonhada, anos se passaram, uma pandemia e uma nova gravidez, e veio o meu garotinho pra fechar a fábrica de trazer pessoas a este mundo cruel.
E com este novo membro vieram novos desafios, primeira delas é me ver sozinha, sem meu irmão, a quem amava e dei o nome dele pro novo neném, e sem miha mãe que muito me ensinou sobre maternidade, errando e acertando, sabe como é, crianças dos anos 80 foram cobaias de uma educação pós Woodstock, de pessoas que queriam dar carinho e ao mesmo tempo serem firmes como seus pais autoritários eram.
Então, vocês devem estar pensando, porque estou falando sobre isso aqui? Vou unir três situações que vivenciei:
- Hoje está acontecendo o concurso público que eu me inscrevi, e não pude comparecer;
- Já fui para uma entrevista de emprego, e fui dispensada porque me recusei a responder quem ficaria com meus filhos para que pudesse trabalhar;
- Odeio as cobranças que vem junto com a maternidade.
Hoje eu tive que abdicar de fazer um concurso, que só terá daqui 4 anos (e isso se tiver), porque não tenho babá (não tenho dinheiro para tal), meu pai desde que vendemos o apartamento de minha mãe, foi morar no interior, e aqui perto não conheço e nem confio nos meus vizinhos para que possam ficar com meus filhos (muitas notícias de violência contra crianças), para cereja do bolo, meu pequeno passou a noite toda ardendo em febre.
Em entrevista de emprego, de uma empresa que sempre está fazendo post sobre mães guerreiras, e mulheres empoderadas, me dispensou porque mais uma vez não tenho uma rede de apoio. Essa questão faz com que eu esbarre em outra comumente passados por mães. Cobranças com relação às mães, Não importa que façamos, sempre estaremos erradas para a sociedade, e o que é pior, não podemos reclamar,
Este vídeo me deixou consternada, por estar cansada de ser mãe, de vez em quando eu quero sumir, porque me vejo sozinha cuidando de dois seres humanos, é complicado passar por isso e se reclamar ouvir alguém saindo do buraco da tomada e dizer: "quem mandou abrir as pernas", somos violentadas todos os dias verbalmente, fisicamente, mentalmente, por pessoas que não calçam nossas sandálias pra saber como somos como mães.
Concluo que é melhor ser pai, sim, este pode largar o filho doente e ir pra outro cômodo pra não perder sua noite de sono, pode até desprezar o filho, Nem assumir, ou dizer que tem um filho para os outros, experimenta nós mulheres fazermos 1/3 do que os homens fazem, que seremos queimadas na fogueira de julgamentos. Então aqui vai meu recado, quando você ver uma mãe reclamando, faça um favor a si e a ela, NÃO FALE NADA, se não tiver algo de bom pra dizer.
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