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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Faltou falar...

Olá gente,

Faz muito tempo que não paro para conversar com vocês, meio que deixei meu blogger de lado, e de vez em quando, que me ocorre algo, resolvo postar, entretanto, voltei a reler aqui e percebi que tinha prometido contar em 2016, no post do Desfralde da Mariana, iria relatar o reencontro dela com minha mãe (que aquela altura estava 10 dias internada no Hospital Beneficente Portuguesa de Belém), mas tanta coisa aconteceu, e eu não tive tempo mais para escrever, andava muito preocupada com a minha mãe, que meio que esqueci, essa é a verdade.
Me peguei relendo meu blog, até porque passei o link para a Boadrasta da Mariana (ahhh, Pimentinha está entrando em contato com o pai, e junto com ele veio uma BOADRASTA MARAVIGOLD, que em outro post conto melhor sobre eles). SIGAMOS NO REENCONTRO.

Arquivo pessoal: mamãe escolhendo uma peruca de cabelo natural
O ano era 2016, mamãe estava cada vez mais debilitada, o câncer dela que até aquele momento a gente achava ainda ser de mama, já estava na fase terminal, minha mãe entrou andando na emergência daquele hospital e agora não conseguia parar sentada na cama, trocava as palavras simples como: "Liga a Tv!" mas ela falava "Liga a privada" (e na cabeça dela, ela tinha falado TV), o quadro foi se agravando e minha prima (filha da irmã mais velha de minha mãe) que é médica perguntou, ela está tomando Decadron (*) e eu disse, acho que estão dando, vou perguntar para enfermeira (gente não se iludam quem cuida diretamente do paciente não é uma enfermeira, elas ficam na sala de enfermagem fazendo alimentação de informação de paciente, medicamentos que cada médico disse que tinha que dar pra cada paciente, caminham lado a lado com a nutricionista do hospital - aquela parte burocrática, quem fica aplicando os remédios, verificando pressão, dando banho, no tal paciente é o técnico de enfermagem, esse sofre minha gente), perguntei e na ficha da minha mãe não constava a bendita Dexametasona (esse remédio fazia com que o edema no cérebro da minha mãe fosse controlado...), minha prima como tinha autonomia trabalha pela UNIMED conseguiu ter autonomia dentro do hospital, solicitou para enfermeira que incluísse o remédio pra ela... até então ela já tremia as mãos como se tivesse parkinson, esquecia nossos nomes como se tivesse alzheimer, não andava e nem mexia as mãos como se fosse tetraplégica, foi aí que outra médica de uma clínica que mamãe se tratava, em um acompanhamento a pacientes do IASEP (ahhh mais uma histório para novo post, mas este eu deixo pra fazer no meu pessoal), veio me dizer a pior notícia que podia ouvir (não a culpo, eu penso que ela achava que eu sabia), a doutora me disse: VOCÊ SABE QUE ISSO É INÍCIO DO FIM... gente pausa pq eu eu já tô chorando aqui.

respira fundo...

Eu gritava enlouquecida no hospital, se acham clichê novelas mexicanas, com toda aquela encenação de drama, vocês precisavam me ver no momento que me contaram sobre minha mãe... eu simplesmente cai no chão e gritei (hoje eu tenho a idéia que sou muito "esparrenta"), que a técnica que cuidava da minha mãe me injetou calmante... eu não sabia que mamãe iria morrer (ela sabia, eu não... mamãe foi meticulosa, sabendo do fim, ela agiu por baixo dos panos e hoje quase 3 anos após seu falecimento soube de muitas coisas que mamãe fez pra deixar a neta confortável que tb conto em outra oportunidade).

respira mais um pouco... agora vem a pergunta, onde a Mariana entra nessa história???


Sabendo que mamãe poderia não sair do hospital, meu pai pediu que pelo amor de Deus deixasse ela ver a neta, poderia ser a última vez, mamãe após tomar o dexametasona algumas de suas funções voltaram, a fala, a tremedeira parou, então veio a memória e ela não parava de chamar a princesa dela, pedia pra falar com ela ao telefone... nenhum médico permitiu a visita, era arrsicado, meu pai, pediu pra falar com o diretor do hospital e explicou tudo pra ele, então o diretor deixou (agradeço muito a essa pessoa por isso). O hospital tem uma escadaria bem na frente (ainda é mantida a placa Hospital D. Luiz I)

Imagem retirada do site oficial do hospital.
O diretor disse o seguinte: ela não pode entrar no hospital devido risco de contaminação dela, mas o que podemos fazer, leve a paciente para o portão central e coloque sua neta na escadaria, para que elas se vejam. e assim fizemos, ia acontecer a troca de acompanhante eu estava no posto, eu ia trocar com a minha tia, e meu pai veio até o hospital com a Mariana (naquele tempo ela tinha só 4 anos).

Arquivo pessoal: Momento eternizado, entre vó e neta.
Aconteceu o reencontro, mamãe em cadeira de rodas, e ela sentou no colo da avó e ria, porque não entendia a gravidade da doença da avó... ela ria da situação... pq todos choravam naquele momento. e sem entender, até perguntou, na inocência de criança: "Poquê tão cholando?" posso dizer que este encontro não foi o último, não, ela saiu do hospital 3 dias após a foto, e marquei com um amiga fotógrafa para que ela eternizasse fotos dela com a avó para que no futuro, eu pudesse contar pra Mariana quem ela foi na vida dela, durante os 4 anos e 8 meses em que conviveram.

O sonho de minha mãe de ser vó foi realizado, sei que ela sente falta da Pimentinha, e sei que ela tem visitado Mari em sonho, porque quando a Mari fala, senti o cheiro da vovó, ou que a vovó amava ela, sei que mamãe cochichou algo em seu ouvido.

Mãe, saudades eternas.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Mais uma perda...

ARQUIVO PESSOAL: Quando fomos a Alter do Chão...

Domingo Mari perdeu a vovó, e eu vou falar quem ela foi, pra quando a Mari crescer, sempre lembrar dela.

Uma breve história do que a IVANEIDE SOARES foi (e é), ela nasceu no Maranhão, em uma família de gente humilde, trabalhava desde sempre, era a segunda filha de meus avós, como ela dizia, foi peralta demais, estudou, casou, fez História na UFPA, me teve, três anos depois teve meu irmão, quando eu completei 15 anos, mamãe descobriu um dos primeiros nódulos, naquela altura, era uma calcificação, e tirou tomando remédios.
24 anos depois descobrimos o câncer (eu estava ao lado dela no Samaritano quando o médico falou que era benigno) ironicamente no mês do aniversário dela, e foi com a fortaleza que ela tinha, que aceitou o desafio da cura, em novembro no dia do meu aniversário de 29 anos, ela foi internada pra primeira cirurgia, tirou um quadrante do seio com problema, vieram as quimios e rádios (que eu ia levar), no meio desse turbilhão de coisas, ficamos sem tratamento por 30 dias (a máquina de radio quebrou), entramos com mandado de segurança pra continuar o tratamento, muitas náuseas, muita dor de cabeça, muito vômito, e muita força.
3 anos se passaram nasceu a neta tão sonhada, e esperada, e pra comemorar essa chegada, no ano seguinte resolvemos viajar pro Nordeste, porque faltava só um ano pra receber alta... em meio a nossa alegria uma tosse teimava em não curar.
Na volta, em uma consulta veio a confirmação essa doença maldita voltou, e mais um tratamento, agora com força total. mais náuseas, Mastectomia, dores de cabeça, e a força querendo sumir, quis se despedir de todos, mas não era daquela vez, ela resistiu.
A neta completou mais 1 ano, e perdemos meu irmão, foi um baque tremendo no emocional, e no tratamento, e ela baqueou a primeira, e aquele brilho no olhar foi começando a desaparecer, mas ela resistia, pela neta.
Outro baque, câncer metastático, havia passado do seio, pro pulmão e agora pros ossos, mas ela não se abalou, recebeu essa carga sorrindo, e acreditando que tudo iria curar. No meio do tratamento novo, precisou operar vesícula fantasma*, catarata, e a notícia: agora da coluna o câncer avançou pro cérebro, e ela com aquele amor de mãe, me poupou dessa notícia trágica.
Primeira internação, 13 dias, uma angústia, muito sofrimento, e uma infecção urinária, conseguimos voltar pro natal.
Virada de Ano: Segunda internação, mais 13 dias, glicemia em 549, corre pro hospital, mais sofrimento, cansaço e ela apresentava exaustão. 2017 começando sinistro.
Segunda (06/02) as dores dela aumentavam, e os olhos amarelaram, pedimos exames na terça que só ficou pronto quarta, pegamos o resultado e a confirmação, uma leve anemia, e níveis de potássio elevados: INTERNA.
DORES, MAIS DORES, CHORO, ANGÚSTIA, e ela não aguentava mais, pedia misericórdia. foi pro hospital para isolamento de paciente graves, e se passou sábado, o quadro foi piorando, no domingo de madrugada, eu aos prantos, disse finalmente: DEUS QUE SEJA FEITA A TUA VONTADE.
e minha mãe descansou na manhã de domingo.
Tá doendo, não vou mentir, dói, é um vazio sem tamanho, um buraco que ninguém consegue preencher, mas ao mesmo tempo vem um alívio... enfim ela perdeu pro câncer, mas venceu a dor.
Agora, tô chorando minha saudade, aquela dor sofrida, a lágrima não cessa, hoje foi a última vez que vi seu corpo, mas espero receber notícias.
VOCÊ QUE RECLAMA DA VIDA, VOLTA E RELEIA ESSE RELATO.

quarta-feira, 4 de março de 2015

A dor da perda...

Muitos sabem da minha "perda", como posso dizer uma sandice dessa? Como perda?? A gente devolveu o Bruno para o Pai, nesta vida ele veio pelo ventre de minha mãe e conviveu conosco por 31 anos e 23 dias... com autos e baixos, brigas, piadas e muita gargalhada, hoje ficamos na saudade, hoje revejo sua foto todos os dias sem acreditar nessa nova situação... a atriz Ana Rosa relata muito bem o que sentimos quanto a morte de meu irmão:


DEPOIMENTO DA ATRIZ ANA ROSA SOBRE A DOR DA PERDA DE UMA FILHA

     Algumas vezes eu representei cenas de perdas de entes queridos em novelas. No dia 17 de novembro de 1995, no velório de minha filha Ana Luisa, nascida em São Paulo no dia 10 de dezembro de 1976, eu não queria acreditar que estivesse vivendo aquilo de verdade.

     No dia seguinte, saí para comprar alguns presentes de Natal. Afinal, meus outros seis filhos ainda estavam ali e precisavam da mãe. Mas eu parecia um zumbi. Numa loja, me senti mal. Tontura, fraqueza, parecia que meu peito iria explodir, que eu não iria agüentar tanta dor. Pedi à vendedora que me deixasse sentar um pouco. Eu estava quase sufocando, as lágrimas queriam saltar de meus olhos. Mas eu não queria chorar. Queria esconder minha dor, fazer de conta que aquilo não havia acontecido comigo. Bebi água, respirei fundo e saí ainda zonza.
     Eu sempre acreditei que iria terminar de criar minha filha, como todos os outros. Que iria vê-la formar-se em veterinária. Vê-la casada, com filhos. Achava que teria sempre a Aninha ao meu lado. Um dia, ela me contou que quando era pequena e eu saía pra trabalhar, ela sentia medo de que eu não voltasse. Por isso ficava sempre na porta de casa me olhando até eu sumir de sua vista. Por isso vivia grudada em mim.
Imagino que ela já pressentia ainda criança, que iríamos nos separar cedo. Só que foi ela a ir embora. Foi ela que saiu e não voltou mais. Foi ela que me deixou com a sua saudade. Para amenizar a falta, o vazio que ela deixou, eu ficava horas revendo os vídeos mais recentes com suas imagens. Nossas viagens, festas de aniversários, a formatura da irmã, seu jeitinho lindo tão meu conhecido de sentir vergonha.
     Ela com o primeiro e único namorado. O gesto característico de arrumar os cabelos. A sua primeira apresentação de piano. Nesse vídeo então, eu ficava namorando suas mãos de dedos longos e finos. Até hoje eu me lembro de cada detalhe das mãos da Aninha. Assim como me lembro de cada detalhe de seus pés, do seu rosto...
     Dali pra frente, o que mais me chocava e surpreendia era que todo o resto do mundo continuava igual. Como se nada tivesse acontecido: o sol nascia e se punha todos os dias, as pessoas andavam pelas ruas. O mesmo movimento, barulho. O mundo continuava a girar. Tudo, tudo igual. Só na minha casa, na minha família, dentro de mim, é que nada mais voltaria a ser como antes. Faltava minha filha, Ana Luisa!
     Eu passava, quase diariamente, nos lugares comuns: o colégio Imaculada Conceição, em Botafogo. Cinema, lanchonete, restaurante, o metrô, onde tantas e tantas vezes viajamos juntas. A loja das comprinhas, o shopping, o parquinho, o clube onde fazia natação. A praia de Botafogo onde ela foi atropelada, o hospital Miguel Couto, onde passamos as horas mais angustiosas de nossas vidas.
     O cemitério São João Batista, onde repousam seus restos mortais. Até hoje cada um desses lugares me lembra alguma coisa de minha filha. Até hoje guardo as lembranças de seus abraços, seus chamegos, o cheirinho da sua pele, o calor, seu carinho e aconchego. Ana vivia literalmente pendurada em mim. Já grandona, maior que eu, mas sempre como se fosse meu nenê pedindo colo.
     Saudade. Saudade. Saudade, minha Aninha.
     Não fosse a minha fé e a convicção de que a vida não termina com a morte, não fossem os outros filhos que ainda precisavam de mim, acho que teria pirado. Além da família, o trabalho, a terapia e o estudo da doutrina espírita me deram forças para superar a separação e a falta da Ana Luisa.
     Sou e serei eternamente grata ao meu Pai do Céu, porque fui agraciada com muitos sinais de que a separação é apenas temporária. Alguns dias após sua passagem entrei em seu quartinho que ficou inundado pelo cheiro de rosas. Instintivamente fui olhar pela janela. Naturalmente o cheiro não vinha de fora. O perfume intenso era só ali dentro.
     Um mês depois, no grupo que eu freqüentava no Centro Seara Fraterna, minha filha se manifestou. Ainda meio confusa pela mudança abrupta e repentina, mas já consciente de sua passagem. Naquela noite, o buraco no meu peito que parecia uma ferida sangrando, mudou de aspecto. Continuava a doer, mas a certeza de que minha filha continuava e continua viva em alguma outra dimensão me trouxe uma nova perspectiva. A de que eu poderia chorar pela sua ausência, nunca pelo seu fim.
     Dalí pra frente, algumas vezes vi, em outras pressenti, sua essência ao meu lado. No decorrer desses doze anos, recebi, por acréscimo de misericórdia, um bom número de mensagens dela. Uma das últimas foi através de um médium reconhecido, que foi fazer uma palestra num evento que eu apresentava. Sem que eu esperasse ou solicitasse, ele disse que via uma jovem ao meu lado – me descreveu exatamente minha filha - e que ela me apontava para ele dizendo: é esta aqui, ó.
Esta é que é a minha mãe. Quando me sentei, ele disse que ela sentou-se no meu colo. Entre as várias coisas no recado que me mandou, encerrou dizendo que as violetas (enceno a peça “Violetas na janela” há 11 anos) que ela cultiva onde se encontra, não serão colocadas na janela, e sim, serão usadas para fazer um tapete de flores para eu pisar quando chegar lá.


Lindo não???

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ganhos e perdas...

Este ano, foi um ano de muitas conquistas, ganhei de presente a formalização do meu trabalho, foi maravilhoso, estávamos precisando desse empurrão, entretanto tive perdas enormes perdi minha grande amiga, meu irmão, um tio e essa semana um grande amigo da família, que nos o tratávamos como da família, também partiu...
O Elias, conhecido como "Seu Caliga", marido da nossa secretária, ele conviveu conosco 18 anos de nossas vidas, e foi um choque vê-lo caído no chão, na rua, desde 6:00 até 11:24 (quando chegou a perícia), deixou-nos mais triste, ele estava pensando festejar o aniversário dele para nos convidar, nos ria os muito das piadas dele, e choramos muito com sua partida.

Não sei qual era o propósito de Deus, levando vocês, mas ele sabe o que faz, e nos só temos que aceitar e agüentar a saudade, segurar as lágrimas e seguir em frente... Esper. que um dia nos reencontre, porque vocês fazem falta.


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Quando se perde alguém…

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O engraçado da vida vivemos sentindo-nos culpados – até mesmo quando não o somos – acredito que por sermos produtos do meio em que vivemos, levamos em conta coisas tão irrelevantes, damos importância a tudo que não nos serve, e deixamos passar momentos únicos em nossas vidas, pronto ai vem a culpa. E foi com a perda do meu irmão (que até hoje não acredito na partida dele), que aprendi que existe vida após o luto, mas vem sempre aquela vozinha dizendo: “como podes viver, sorrir sem a existência dele!” “porque o deixaste partir!”

Estou em tratamento contra meus sentimentos, contra essa dor que teima em me machucar, tento não me sentir culpada, tento sobreviver após aquele primeiro de maio… tento olhar pra frente e seguir sem ele, mas aquela mesmo vozinha vem azucrinar.

Meu irmão, hoje fazem 3 meses da sua partida, e o peito ainda dói, as lágrimas ainda me fazem companhia, e sempre saimos juntos temos aquela frase vívida em nossos lábios: “Se ele estivesse aqui, gostaria disso…” Peço todos os dias em oração que você também se conforme com sua partida, espero que essa culpa cesse! espero mesmo te reencontrar, e o dia que isso acontecer, irei puxar tua orelha por teres partido antes de mim, já que eu sou a mais velha, eu deveria ter ido antes…

TE AMO, de VERDADE

Saudades Eternas.

domingo, 22 de junho de 2014

Orando para uma boa partida...

As preces pelos Espíritos que acabam de deixar a Terra não objetivam, unicamente, dar-lhes um testemunho de simpatia: também têm por efeito auxiliar-lhes o desprendimento e, desse modo, abreviar-lhes a perturbação que sempre se segue à separação, tornando-lhes mais calmo o despertar. Ainda aí, porém, como em qualquer outra circunstância, a eficácia está na sinceridade do pensamento e não na quantidade das palavras que se profiram mais ou menos pomposamente e em que, amiúde, nenhuma parte toma o coração. As preces que deste se elevam ressoam em torno do Espírito, cujas idéias ainda estão confusas, como as vozes amigas que nos fazem despertar do sono.
O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XXVII, item 10.
Prece:
“Senhor onipotente, que a tua misericórdia se estenda sobre os nossos irmãos que acabam de deixar a Terra! Que a tua luz brilhe para eles! Tira-os das trevas; abre-lhes os olhos e os ouvidos! Que os bons Espíritos os cerquem e lhes façam ouvir palavras de paz e de esperança!
Senhor, ainda que muito indignos, ousamos implorar a tua misericordiosa indulgência para este irmão nosso que acaba de ser chamado do exílio. Faze que o seu regresso seja o do filho pródigo. Esquece, ó meu Deus, as faltas que haja cometido, para te lembrares somente do bem que haja praticado. Imutável é a tua justiça, nós o sabemos; mas, imenso é o teu amor. Suplicamos-te que abrandes aquela, na fonte de bondade que emana do teu seio.
Brilhe a luz para os teus olhos, irmão que acabas de deixar a Terra! Que os bons Espíritos de ti se aproximem, te cerquem e ajudem a romper as cadeias terrenas! Compreende e vê a grandeza do nosso Senhor: submete-te, sem queixumes, à sua justiça, porém, não desesperes nunca da sua misericórdia. Irmão! que um sério retrospecto do teu passado te abra as portas do futuro, fazendo-te perceber as faltas que deixas para trás e o trabalho cuja execução te incumbe para as reparares! Que Deus te perdoe e que os bons Espíritos te amparem e animem. Por ti orarão os teus irmãos da Terra e pedem que por eles ores.”
Retirada de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”

terça-feira, 10 de junho de 2014

A saudade não passa…

Mesmo que o mundo acabe, enfim… você nunca será esquecido, NUNCA!!!

 

Sutilmente (Nando Reis)

Skank

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A dor da perda

Carlos Afonso Schmitt


A saudade é tanto quanto era grande o amor envolvido na perda. A dor da separação é quase insuportável, tanto mais quando a morte é inesperada ou violenta. A tristeza torna-se companheira inseparável de dias sombrios e monótonos, sem perspectiva de mudança. O ente querido partiu - arrancado do convívio humano - não volta mais.
- E agora, Senhor?
- Onde achar consolo, a não ser na fé?
- Quisera uma explicação. Quisera entender...
Nenhuma palavra de conforto é suficientemente fortalecedora, capaz de aliviar o espírito abatido e reanima-lo. A vontade de chorar ainda é grande.
Somente a fé impede que a revolta - até mesmo contra Deus - tome conts da mente sofredora. Quem não tem vontade de pensar que isso é injusto, que Deus não poderia te-lo permitido, que nada justifica essa perda precoce de alguém cheio de sonhos, com um futuro promissor, uma vida repleta de promessas?... Da até vontade de largar tudo, de desistir de ser bom, de acreditar preferencialmente no absurdo.
- E agora, meu Deus, que faço da vida?
- Sem minha mãe, sinto-me inseguro, sem apoio de que tanto necessito.
- Sem meu pai, quem me orientará nos difíceis caminhos a percorrer?
- Sem meu grande amor, como posso suportar tamanha solidão, tamanho vazio, tamanha saudade?
É indispensável e urgente reagir. Levantar a cabeça enfrentando o abatimento que o presta. Você tem fé e acredita em vida eterna. Se assim for, lembre-se de que o espírito de quem partiu deve permanecer na luz e gozar da paz de Deus. Mas como ele conseguirá fazê-lo, se a toda você o chama e suas lágrimas se transformam num choro desesperador? Como quer que ele seja feliz, se você se comporta assim? Pense no bem de quem tanto amou e ainda. Em nome desse amor, sincero e verdadeiro, entregue o espírito de quem partiu nas mãos de Deus.
Você precisa de paz
A vida continua. Há muito por fazer.
Ressuscite, por favor, dessa morte psicológica que o enterra vivo.
Um dia vai compreender que o mistério é bem maior do que imaginávamos. Haverá, sim, um reencontro.
Agora, porém, confiante, de cabeça erguida, na esperança e na fé, É PRECISO CAMINHAR.
Nós lemos e relemos e o coração ainda não quer concordar, não quer aceitar, não aguenta... hoje meu coração amanheceu tão dolorido, tão sangrando, porque quanto mais passa o tempo, mas me dói, dói o corpo, a alma, mas estou tentando me conformar, a cabeça avisa, mas o coração não aceita.
Todos os dias estão sendo difíceis, tudo está sendo difícil. PORQUE VOCÊ TEVE QUE IR???? A saudade ainda dói.

domingo, 1 de junho de 2014

Primeiro Mês sem você

Hoje faz exatamente 1 mês que você se foi, e anda não conseguimos nós acostumar, o coração dói a cada vez que nós deparamos com essa triste realidade, a falta que você tem causado é significamente dolorosa, um dia, quando adolescente você fez uma ameaça do tipo: "O dia que eu morrer vocês se lamentarão!" Sempre dizias essas palavras em momentos de raiva e posso dizer você tinha razão, não tem como não sofrer essa ausência.
Ontem quando voltamos do cemitério, em um momento de oração para que você também se conforme com essa nova situação eu tive uma das experiências mais chocantes que poderia ter tido, senti sua presença passar por mim no corredor do apartamento o de moramos, e tive a certeza disso quando nossa Mariana sorrindo, disse: "Titio!"
Tenho certeza que você está tentando nos ajudar como você pode, peço apenas que você ajude ainda mais nosso pai, ele tem chorado e pedido a morte por conta da dia ausência... Ele sofre ainda mais porque você era o filho mais amoroso, atencioso, carinhoso que eu. Você entende?
Te amo meu irmão, sinto pena por não ter te dito diretamente para ti essas palavras, mas espero que vc lembre que indiretamente eu te abraçava e você com um senso de humor gritante sempre me respondia: "Não tenho dinheiro!" Era amor, acredite!

domingo, 11 de maio de 2014

O dia das mães sem o filho

Arquivo Pessoal: Mari ajudando o titio no trabalho
Este é primeiro dia das mães sem meu irmão, pra quem o conhecia sabia que ele acordava mais cedo, fazia o café da manhã e nos acordava e em cima da mesa tinha flores, um café cheiroso e sentávamos para conversar sobre qualquer assunto, dentre eles a Mariana era o assunto de sempre desde que nasceu... Assim que terminávamos ele trazia o presente da mamãe (geralmente eram dois) e desde a Mari deixou de ser apenas um desejo, ganhava presentes dele também.
O dia das mães este ano, não tinha a mesma alegria, acordamos cedo e fomos para o cemitério, limpar o lugar onde jazia o corpo daquele que tanto nos mimou, rezar pela sua nova morada, pedir para os nossos que partiram antes dele cuidassem-no a partir de agora, e chorar a saudades que ele deixou.
O dia das mães para a minha mãe não tem mais aquela alegria, e hoje ouvi ela dizer que parte da vaidade dela tinha ido embora com ele (até porque ele amava elogia-la, amava cuidar de nossa mãe, e não fazia esforços para agrada-la), e isso me doeu mais que uma faca no peito, um prego no pé... Doeu uma dor cortante... Ele se foi sem despedida, sem aquele abraço e o beijo na testa que sempre ganhávamos cada vez que nos afastávamos.
A saudade tá doendo, o ar tá mais rarefeito. Não sei se você tinha noção do quanto eu te amava e ainda amo. Saudades sem tamanho.

As amigas que tem filhos, curtam-nos o máximo que podem, eles crescem tão rápido, e as vezes seguem caminhos próprios, ou retornam para o pai... então curtam ao máximo.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sétimo dia de sua partida…

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Hoje na missa de Sétimo dia de falecimento do meu único irmão eu não podia despedir-me dele se falar sobre quem ele foi e representou pra mim, então estou transcrevendo o que disse na igreja.

Falar do meu irmão Bruno é algo tão natural, porque as palavras fluem, o estranho é pensar que a partir de agora todo verbo que utilizar para me referir a quem ele é, será no pretérito imperfeito.

O Bruno foi concebido, amado e aguardado como todo pai e mãe que anseiam por um filho o fazem, mamãe não sabia o sexo e porque naquela época a ultrassom era algo caro e meu pai sabia que seria um menino, veio 3 anos depois de mim, eu gostava da ideia de ter um irmão, porque até conversava com ele na barriga da minha mãe. Mamãe não cansava de dizer como foi o parto dele, dizia que ele não queria nascer, acho que já sabia que este mundo era muito cruel para um cara como ele.

Cresceu, começou a estudar, fez amigos, mas diferente de mim, meu irmão sempre conseguiu MANTER suas amizades, tem amigos desde os tempos que estudava alfabetização, amigos estes que estão aqui compartilhando de nossa dor.

O Bruno, sempre foi discreto, um cara ótimo para contar segredos, porque ele sim sabia manter sigilo, podia confiar até a senha do cofre, porque ele manteria essa informação tão bem guardada, até mesmo dele (que a memória as vezes falhava).

Escolheu ser publicitário ainda com 15 anos, em uma dessas feiras de vestibular, e manteve a vontade até ingressar em uma faculdade, e foi aí que ele conheceu as agruras do que era sua profissão. Sempre gostou do que fazia, mas gostava mais das amizades que ia encontrando pelo caminho, do conhecimento que vinha adquirindo, da experiência que ia acumulando. Sim ele era um cara que estudava seus próprios passos milimetricamente, era perfeccionista ao extremo.

Então o Bruno, aquele que só a família conhecia, tinha uma fragilidade de criança, que vivia triste, que foi gordo quase que a vida inteira, até descobrir o outro que existia dentro dele, um Bruno que era magro, mas que era conhecido como BRUNÃO, esse era novo, mais feliz, que viveu os últimos anos da vida CURTINDO o que a gordura não deixou por 22 anos.

Depois veio a notícia que iria ser tio, foi a notícia mais maravilhosa que poderia esperar, e quando descobriu que era menina, chorou, chorou feliz, porque ele desejava que fosse mesmo uma menina, sonhou um mundo lindo para ela, traçou uma vida inteira para a sobrinha, planejou o primeiro aniversário, e os seguintes... tinha um sonho de levá-la pra viajar com ele.

O Bruno sempre iluminado e tão amado, tão amado, que quando partiu, até o céu chorou sua ida, vários rostos que eu conhecia apenas por foto em meio a sorrisos abertos, naquele fatídico dia, estavam chorando, e pedindo que aquilo fosse mentira.

Poxa meu irmão, hoje estou aqui, lendo isso para você, rezando que seu sofrimento, aquela dor que você sentia tenha passado, lembrando-me de tantos planos que tínhamos, para a gente, para a NOSSA MARIANA (como você costumava falar), e agora estamos aqui tentando resgatar em cada amigo seu um pedaço de você para continuar vivendo, tentando superar o que parece impossível de ser superado, estamos tentando viver a vida sem você. Pode acreditar tá difícil, tá doendo, mas estamos tentando, porque sabíamos que você não gostava de nos ver tristes, e é por você que vamos tentar.

Te amamos muito. Vai em Paz meu irmão.

 

Saudades infinitas…

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ao meu querido irmão Bruno

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Há menos de um mês perdi uma amiga que era a irmã que eu tinha escolhido, foi doído, foi difícil, não superei, sinto muitas saudades dela, mas ainda sim tinha ao meu lado o meu irmão que Deus me presentiou, esse cara de muitos amigos (digo muitos com propriedade, porque vi mais de 300 pessoas ao nosso lado, chorando por ele), sorriso fácil, só tinha uma paixão declarada, a sobrinha MARIANA.
No dia 30 de abril, meu irmão se queixou de febre, e não quis preocupar ninguém, e com aquele jeitão que todos aqui podem afirmar comigo, disse a minha mãe, não se preocupe, eu vou sozinho, dispensou minha carona até a UNIMED, e foi… eu dormia quando ele voltou, mas o relato da minha mãe foi chocante pra mim, ela viu seu filho caçula, chegar se arrastando pelas paredes, tinha sido liberado para vir se tratar em casa, e ele meu irmão, não mostrara seus exames e foi se deitar, queixando de dor no corpo, e muuuita sede.
No outro dia pela manhã, deduzo que ele tenha vomitado sangue (provas que tivemos após sua morte quando procuravamos uma roupa pra vesti-lo encontramos uma sacola com vestigios de sangue) e notando a gravidade, mais uma vez meu irmão se levantou, foi até o banheiro tomou banho e saiu, dispensando minha ida ao hospital com ele, às 7:30 o coração da minha mãe, tava tão apertado que ela me disse: “filha, o seu irmão não está bem, vamos ao hospital com ele, ainda não recebi notícia.” fui pra acalentar o coração da minha mãe.
Cheguei a UNIMED, ele estava em um leito de emergência pedindo socorro, pela dor que sentia. Sabia que eu não podia ficar mais, liguei pra melhor amiga dele, pra me dar suporte no hospital enquanto eu voltava pra casa deixar minha mãe e minha filha (que estavam no carro), voltei pra casa e a amiga dele me ligou dizendo que ia transferí-lo pra UTI, as plaquetas estavam baixíssimas… às 13:30 meu irmão foi de ambulância para a UTI da ORDEM TERCEIRA, todos os amigos dele, por uma boca só falaram que lá era o pior lugar para colocar meu irmão, mas o que eu poderia fazer??? se me negasse eles afirmariam que estava assinando a pena de morte dele, ele precisava de transfusão de plaquetas, precisava ser atendido por um INFECTOLOGISTA, mas na MALDITA UNIMED não tinha nenhum de plantão (apesar de todos saberem que deveriam ter profissionais de sobreaviso) às 15:30 recebemos a pior notícia que poderiamos esperar, minha mãe rezava no quarto, quando do hospital me ligaram, pedindo mais documentos, sabíamos que isso não era verdade, porque eu tinha deixado todos os documentos imaginaveis dele... então a recepcionista me ligou pra dizer que meu irmão, aquele carinha que a vida inteira eu briguei, perdi meu tempo em brigas banais, por besteiras, não estava mais vivo, e para uma funcionária de lá ele era mais uma estatística.
Hoje ouvindo uma canção do Chico Buarque me fez pensar que essa tal de saudades é muitas vezes doída…

Pedaço de Mim (Chico Buarque)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

sábado, 19 de abril de 2014

Sobre a perda

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Qualquer tipo de perda é meio dolorosa, seja ela emocional, física, financeira, mas posso dizer que uma perda que mexe com a gente é sempre a perda de um ente querido, seja ele parente ou não, sofri uma perda que não sei se vou conseguir superar, estou desde o dia que soube do ocorrido sem conseguir dormir direito, pensando, refletindo, relembrando…
Uma semana dessas, meu irmão perdeu um amigo, e ficou arrasado por dias, não posso dizer que superou, mas posso dizer que hoje em dia ele lembra com carinho desse amigo, eu passei pela perda mais dolorosa que já aconteceu na minha vida, e acho que se compara com a perda da minha vó materna, no ano passado.
Perdi a Margha (apelido carinhoso que a batizei), a Margha foi a pessoa tão parecida comigo que resolvi me relacionar, resolvi adotá-la como irmã, não lembro como tudo aconteceu, mas lembro que inicialmente eu não gostava dela e ela não gostava de mim (o filho dela tinha 6 meses a primeira vez que a vi), mas posso dizer que quando a conheci melhor, conheci um lado diferente daquela mulher petulante, grossa, um lado carismático, uma mãe dedicada, cozinheira de mão cheia, brincalhona, risonha… as pessoas que apresentaram-na foram as mesmas que hoje a crucificavam, que a deixaram morrer…
Conheci a Margareth ela ainda estava casada (união estável) há mais de 10 anos com um carinha que só causou sofrimento na vida dela, posso dizer que a única alegria que ganhou com esse casamento foi um filho, ao qual ela amava com todas as forças, um filho homem, que ela desejava demais, e o batizou com um nome composto, o que sempre eu tirava sarro por serem dois nomes fortes para um pequeno menino: Vyctor Thyago (como ela salientava: Y e THY), mas a nossa amizade ficou forte quando houve o rompimento do casamento dela, ela se perguntava (como toda a mulher que sai de um casamento falido), onde foi que errou, já que fez tudo por ele, além de deixá-lo sujar o nome dela em todas as lojas das quais ela tinha cartão, cuidou dele nas várias vezes que estava embriagado (ou drogado), cuidou dele também quando sofreu acidente… NÃO ELA NÃO ERROU COM ELE, como todos os homens, ele era mais um ingrato!
Conheci uma mulher frágil por trás daquele sorriso constante, uma mulher que chorava escondida, depois que filho ia dormir, ou quando estávamos só nós duas, por vezes vi aquela mulher rezar para que a chuva não tivesse vento forte para que a casa (de madeira) não caísse sobre as cabeças deles, vi fazer jornada tripla pra dar o melhor para o filho, a vi chorar quando o PAI de sua cria o abandonou, para viver uma nova paixão, a vi cair e levantar… Sempre que eu precisei dessa mulher, mesmo com todos os problemas que ela tinha, um deles era a asma e as pontadas no coração que sempre teimavam machucá-la… estava pronta pra me receber de braços abertos, me dava o ombro, o abraço, uma palavra de carinho, cuidou da minha filha quando precisei.
Descobri o que era ter e ser amiga com ela e quando tive que mudar de endereço, a vi chorar feito criança na hora da despedida, como se eu fosse morar em outro país… ela foi a primeira a saber da minha gravidez (muito antes de mim), cuidou de mim, me mimou, e muitos com inveja diziam que éramos mais do que amigas, eu também acho que fomos mais do que amigas, fomos IRMÃS, nos escolhemos…
Hoje choro a partida dessa amiga, não pelo simples fato de a hora dela ter chegado, NÃO, choro porque a partida dela foi antecipada, por seus gritos de socorro NÃO serem atendidos, por ter sido negligenciada, por ter sido preterida…choro baixinho pra ninguém ouvir, lamento a falta, os apelidos, as mensagens que me faziam bem, as piadas no celular, ela era a única pessoa (depois da minha mãe) que só dormia depois da meia noite só para me desejar PARABÉNS no dia do meu aniversário…
E agora??? como vou SER sem você, já que éramos como unha e carne, como vou ser depois que você saiu da minha vida??? Te odeio por isso, me sinto órfã, viúva, abandonada…
Margha, por onde você foi andar???
Quantas saudades você está causando em meu coração.
TE AMO MIGA para sempre, até os fins dos meus dias, e além!!!!

sexta-feira, 23 de março de 2012

[LUTO] Morre Chico Anysio

Morreu às 14h52 desta sexta-feira (23), aos 80 anos, o humorista Chico Anysio. Ele estava internado no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio, havia três meses. Ao longo de seus 65 anos de carreira, Chico Anysio criou mais de 200 personagens e foi um dos maiores humoristas do Brasil com destaque no rádio, na TV, no cinema e no teatro (abaixo, nesta reportagem, relembre sua trajetória). Ele deixa oito filhos.
Anysio apresentou uma piora nas funções respiratórias e renal na quarta-feira (21) e voltou a respirar com ajuda de aparelhos durante todo o dia. Ele estava no CTI do hospital carioca desde 22 de dezembro do ano passado por conta de um sangramento. O comediante chegou a ter o problema controlado, mas apresentou uma infecção pulmonar e retornou à internação. Ele seguia em sessões de fisioterapia respiratória e motora diariamente, somadas a antibióticos.
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O ator também foi submetido a uma laparotomia exploradora, procedimento cirúrgico que serve para revelar um diagnóstico. Essa cirurgia fez com que Chico Anysio tivesse um segmento de seu intestino delgado retirado.
No final de 2010, ele foi levado ao mesmo hospital com falta de ar. Após uma obstrução da artéria coronariana ser encontrada, passou por uma angioplastia, procedimento para desobstrução de artérias. Após 110 dias, teve alta em março do ano passado.
Com fortes dores nas costas, o humorista foi novamente internado em novembro. Ficou no hospital durante cinco dias, para receber medicação intravenosa devido a problema antigo nas vértebras que provocava dor. No fim de novembro, teve febre e os médicos descobriram uma contaminação por fungos, tratada com antibióticos. No começo de dezembro, retornou ao hospital com infecção urinária e ficou internado por 22 dias. Um dia depois, voltou ao Hospital Samaritano.
Nos momentos mais críticos, quando esteve no hospital entre dezembro de 2010 e março de 2011, Chico necessitou da ajuda de aparelhos para respirar e se comunicava com médicos e familiares por meio de mímica. Durante o período pós-operatório, houve o diagnóstico de um tamponamento cardíaco, que acontece quando o sangue se acumula entre as membranas que envolvem o coração (pericárdio).
Durante o período de internação, que alternou momentos no CTI e em unidades intermediárias, Chico Anysio apresentou quadros de pneumonia e passou por sucessivas broncoscopias. As infecções foram tratadas com uso de antibióticos.
Antes, em agosto de 2010, o humorista precisou ser internado para a retirada de parte do intestino grosso após ser constatado um quadro de hemorragia no aparelho digestivo. Em maio de 2009, outra pneumonia o levou ao hospital.

Via G1