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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Medo de Raio - X

raios_x_digital Nunca pensei que iria passar por uma situação tão horrível quanto é fazer um exame de raio-x na Mariana como foi hoje, ela já havia passado por essa máquina aos 5 meses, após uma queda da cama, mas eu relevei por ela ser pequenininha.Contudo, o que vimos hoje, foi diferente, foi estranho.
Enfim, hoje precisei levar a Mari para fazer um raio X (na verdade eram 4 películas), ela está com 2 anos e 7 meses, e ainda não perdeu o medo da máquina, e o que aconteceu foi extremamente difícil e acho que toda mãe ficaria com dó, e não faria mais o bendito exame, eu prevendo o medo dela (mãe sempre sente o que o filho sente), desde a hora em que chegamos ao hospital ela falou que queria embora pra nossa casa, e eu tentei acalmá-la, brincando bastante nos corredores que dão da sala de espera a sala do raio-x, e quando o paciente antes de mim entrou, eu fui conversar com ela, que era uma máquina de foto, tipo a do papai, mas essa máquina ia tirar foto do osso dela, e ela me olhava com aquele olhar de pânico que eu já conhecia, querendo dizer NÃO QUERO FAZER A FOTO, então ela foi chamada, primeira vez que ela tem um reação de pânico quando chamam o nome dela… e eu continuei tentando acalma-la, falei que estaria com ela lá, expliquei, mas ela tremia e berrava dentro da sala, e começou a chamar a minha mãe, suplicando a ajuda da avó, e se tremendo da cabeça aos pés, então o primeiro radiologista vendo o nosso desespero, disse que eu poderia vir outro dia, falava com um médico para dar CALMANTE pra ela, COMO EU FARIA ISSO? CALMANTE? eu quero que ela perca o medo da máquina, não quero que ela continue com medo e sem poder reagir, isso seria deixá-la com mais pavor.
Entendi que a pressa do primeiro radiologista era por ser o fim de expediente, para ele, já estava cansado, mas também entendi que minha filha não precisava passar por aqui sem paciência, continuamos a conversar com ela, levamos a PEPPA e GEORGE, continuamos calmamente pedindo calma, até que outro radiologista veio ajudar ele tirou o jaleco (ahh a Mari tem medo de médicos, e não pode ver ninguém se vestir de branco que entra em pânico), e este disse: “Fulano, não desliga a luz da sala, ela tem medo!” e eles deixaram a luz acesa, e ela acalmou mais, mas ainda tremia, então pacientemente, ele disse “Quando ela tiver pronta, te digo pra fotografar a Princesa!”, então ele a ajeitou e ela tentando se desvencilhar daquela situação empurrava a chapa debaixo dos pés (o raio-x era dos membros inferiores), nesse momento até minha mãe já havia entrado na sala, foi com essa paciência tão legal, que a cada chapa que tiramos a gente comemorava (e ela gritava JÁ ACABOU MAMAIN) e batíamos palmas (estávamos eu, mamãe e dois radiologistas - sei lá se essa palavra existe), enfim ficamos 1 hora tentando bater esses chapas, e entre as que prestaram e as que não prestaram tiramos ao todo 6 chapas.
Agradeço a paciência dos funcionários do Porto Dias, sem eles acho que não teríamos conseguido.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Primeiro dia de Aula

indo para a escola...
Que dia mais feliz… opa, péra… PROFESSORA NOVA!!!
A Mari continuou na mesma escola, ela já é adaptada, os mesmo coleguinhas (os pais destes coleguinhas se tornaram amigos, e pensaram que seria melhor todos ficarem por conta da mudança de professora, quem sabe eles vendo as mesmas carinhas, não sentissem tanto a mudança), a nova professora não é estranha nem para os pais e nem para as crianças, até porque a sala para qual a Mari foi é ao lado da antiga, e semrpe que podia a “Tia” Karla, passava por lá e falava com cada um deles… mas uma coisa é falar com eles, outra é conviver, então veio o medo do novo (eu sou aversa a isso, diferente de muitos que adoram renovar, viver o novo, eu tenho pânico, e acabo transmitindo erradamente para minha filha isso).
Primeiro dia de Aula, tudo começou como no ano passado, eles com medo, chorando muito, e nós dentro de sala de aula… Então a professora Karla se apresentou, e pediu para que nós não entrássemos na sala no dia seguinte, eles precisavam se conhecer, aí lá veio aquela sensação de pavor, mas sabe que inicialmente foi um chororô (a Mariana sempre chora quando eu a deixo, mas depois ela está calma), depois tudo se ajeitou.
O medo mesmo era o apego que tivemos a professora do ano passado, tanto apego que nós a homenageamos pela carinho que ela teve com nossos pequenos, a colocamos no nosso grupo de pais no WHATSAPP, e ontem ela se despediu do grupo, agradecendo o carinho e pedindo paciência com a outra professora… enfim PROFISSIONALISMO E MUITA ÉTICA.
Como havia falando, NÃO ERREI COM A ESCOLA QUE ESCOLHI… e aos papais que lêem meu blog, pensem, andem, e façam a escolha certa. A escola é a segunda casa dos nosso filhos, então porque não escolher a melhor?

sábado, 10 de janeiro de 2015

Momento Pimentinha: criança não trabalha

Depois que inventaram o direito das crianças e adolescentes já viu né????
Hoje mari me surpreendeu quando em meio a uma bagunça de brinquedos dela pedi que arrumasse tudo e a resposta quase instantânea:
"Kianssa não tabalha,  Kianssa dá tabalho!"

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Desenhos educativos…

Nesse período de férias, Mariana tem ficado em casa, e em Belém temos apenas duas estações do ano bem latentes (dias de muita chuva, e dias de pouca chuva), temos ficado em casa direto, a semana inteira eu tenho ido trabalhar na Maricota Store (loja física dos meus personalizados), ela fica com a minha tia, que quando não brinca com ela, a coloca para assistir televisão, e tenho notado uma modificação nos gostos pelos desenhos, antes o vídeo mais amado era MPBABY

cigarra centopeia abelha

Este é um desenho que só toca cantigas de roda, mas existe a coleção com músicas famosas, desde pink floyd até Sinatra, passando por ritmos como forró e country, ela amava assistir, mas depois foi enjoando, até largar de vez, usei muito quando ela tinha 4 meses, para fazê-la dormir, até porque as cantigas eram em tom suave como se fosse voz e violão.

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Então veio a tão amada e odiada, a Galinha Pintadinha, que também vinha com músicas com cheirinho de infância, com gostinho de quero mais, ficou durante 1 ano e meio em três volumes, minha filha assistia tanto, mais tanto, que chegou a um ponto que ela chorava quando repetia a música que ela ouvira há minutos atras… foi nesse momento que ela foi perdendo espaço para a porquinha Peppa, que ainda é sensação em casa, mas como tenho poucos capítulos (sempre baixo da internet e coloco em um pendrive para que ela possa assistir tanto em casa, quanto no carro) ela tem ficado com dor de cabeça com os oincs, oincs… ainda não enjoou, porque vez ou outra baixo um capítulo novo para sossegar o coração da pequenina!

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As duas novas companheiras da Mari são: “Peg + Gato” e “O show de Luna”.

O desenho “Peg+Gato” eu gosto porque a personagem ensina a criança através das aventuras que ela vive, problemas matemáticos, eu como não gosto de matemática, acho uma mão na roda pra introduzir essa matéria tão aterrorizante na vida escolar de muitas crianças… Quando nervosa ela conta em ordem decrescente, e quando quer solucionar um problema ela faz somas diferentes para chegar em resultados iguais… acho demais, porque minha filha que tem apenas 2 anos e 7 meses, tem repetido na prática as somas, e subtrações… hoje baixei um capítulo que a Peg confere com números pares… e a Mari prontamente já repetiu.

Já o desenho “Show de Luna”, que é uma animação brasileira (Brasil il il il), veio me ajudar nas questões científicas… Luna, Claudio (um furão) e seu irmãozinho Júpiter se questionam quanto a existência da Lua, porque quando chove o terra exala um cheiro específico, tipo ela ajuda até os papais que não sabem responder algo a quando forem questionados, conseguirem uma resultado satisfatório e sem contar que ela canta uma musiquinha chiclete, que vez ou outra me pego cantando… Enfim, em meio a desenhinhos que ensinam a trapaça, a violência ( como o picapau - que foi o desenho que na minha época eu assisti demais), é muito bom ensinar coisas educativas para os filhotes, mesmo quando não temos tempo para as brincadeiras físicas (que é o meu caso, que quando estou em casa estou trabalhando e quando saio estou trabalhando…), fica a minha dica de desenhos…

Reprodução da músiquinha: "Eu quero saber"

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Ser mãe…

Sempre fui fã incondicional da Cris Guerra, desde quando li o livro “Para Francisco” e agora mais do que nunca, quando li uma crônica que ela fala sobre o que é ser mãe… nossa, ela se tornou minha ídola pra todo o sempre…

moun pettit fleur

(http://www.crisguerra.com.br/cris-escreve/cronicas/2014/05/10/muitas/)

Dizem: quando nasce um bebê, nasce uma mãe também. E um polvo. Um restaurante delivery. Uma máquina de chocolate prontinho. Uma mecânica de carrinhos de controle remoto. Uma médica de bonecas. Uma professora-terapeuta-cozinheira de carreira medíocre. Nasce uma fábrica de cafuné, um chafariz de soro fisiológico, um robô que desperta ao som de choro. E principalmente: nasce a fada do beijo.

Quando nasce um bebê, nasce também o medo da morte – mães não se conformam em deixar o mundo sem encaminhar devidamente um filho.

Não pense você que ao se tornar mãe uma mulher abandona todas as mulheres que já foi um dia. Bobagem. Ganha mais mulheres em si mesma. Com seus desejos aumentam sua audácia, sua garra, seus poderes. Se já era impossível, cuidado: ela vira muitas. Também não me venha imaginar mães como seres delicados e frágeis. Mães são fogo, ninguém segura. Se antes eram incapazes de matar um mosquito, adquirem uma fúria inédita. Montam guarda ao lado de suas crias, capazes de matar tudo o que zumbir perto delas: pernilongos, lagartas, leões, gente.

Mães não têm tempo para o ensaio: estreiam a peça no susto. Aprendem a pilotar o avião em pleno voo. E dão o exemplo, mesmo que nunca tenham sido exemplo. Cobrem seus filhos com o cobertor que lhes falta. E, não raro, depois de fazerem o impossível, acreditam que poderiam ter feito melhor. Nunca estarão prontas para a tarefa gigantesca que é criar um filho – alguém está?

Mente quem diz que mãe sente menos dor – pelo contrário! Ela apenas aprende a deixar sua dor para outra hora. Atira o seu choro no chão para ir acalentar o do filho. Nas horas vagas, dorme. Abastece a casa. Trabalha. Encontra os amigos. Lê – ou adormece com um livro no rosto. E, quando tem tempo pra chorar – cadê? -, passou. A mãe então aproveita que a casa está calma e vai recolher os brinquedos da sala. “Como esse menino cresceu”, ela pensa, a caminho do quarto do filho. Termina o dia exausta, sentada no chão da sala, acompanhada de um sorriso besta.

Já os filhos, ah… Filhos fazem a mãe voltar os olhos para coisas que não importavam antes. O índice de umidade do ar. Os ingredientes do suco de caixinha. O nível de sódio do macarrão sem glúten. Onde fica a Guiné-Bissau. Os rumos da agricultura orgânica. As alternativas contra o aquecimento global. Política. E até sua própria saúde. Mães são mulheres ressuscitadas. Filhos as rejuvenescem, tornando a vida delas mais perigosa – e mais urgente.

Quando nasce um bebê, nasce uma empreiteira. Capaz de cavar a estrada quando não há caminho, só para poder indicar: “É por ali, filho, naquela direção”.

Publicado na Veja BH.